Isaura disse...
Se me perguntarem do que é feita a Enxara de hoje, responderei que, seguramente, é feita de gente com o mesmo coração da nossa gente do passado. Não obstante, com uma alma de agora. O espírito será diferente porque outros são os tempos.
Não se têm visto os cortejos de oferendas, nem o saudoso e divertido jogo da caça ao galo mas ainda há cavaleiros em festas e, sobretudo, há cavalheiros.
Esta é, portanto, uma terra saloia, de gente simples mas que também sabe ser e é elegante.
Tem braços de agricultores, cabeça de doutores e língua de doutores sem canudos.
Neste parque de campismo, como lhe chamo, encontramos os prós e os contras de uma pequena localidade onde a mesma vizinha que há pouco comentou a saia curta, não deixa de oferecer auxílio se se tropeça nas pedras da calçada, das tantas calçadas.
Joga-se à bola na rua até depois de o sol adormecer, o canto do galo e dos pássaros despertam a manhã e a "companhia algazarra" começa o dia sempre cheia de alegria.
Afinal, neste "fim do mundo" mesmo às portas de Lisboa, quem planta batatas ou leva o gado a pastar também é gente, muito boa gente!
Quem vem por bem, será sempre bem-vindo!
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